Em Txatxismantisk

quarta-feira, 21 de julho de 2010

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Sou uma pessoa que as pessoas podem lembrar de muitas maneiras, sou bem pequena, algo que é marcante, sou persistente, insistente, impreguinante até conseguir aquilo que quero. Não sou de falar com todo mundo, mas quando começo aí eu não paro mais, surgem assuntos que nem eu sabia que existiam, claro, se eu não tiver que criá-los sozinha, se tem alguém comigo seja no que for tem que ser pra estar do lado, não adianta me deixar fazendo tudo sozinha, a não ser que seja só pra mim. Tenha uma imensa necessidade de cuidar das pessoas que eu gosto, principalmente com puxões de orelha e imensos sermões, afinal, como dizem: quem ama cuida. Detesto muitas coisas, estilos musicais e vícios lingüísticos, como PENSE, REALIZA, COLEGA e claro frases de auto-suficiência de pessoas muito maduras, “campanha da vida cuide da sua que eu cuido da minha”, lamentável. Não vou dizer que sou muito discreta, mas me esforço, não sou vaidosa, acredito mais na beleza natural das pessoas, essa coisa de se fantasiar é só fantasia, não é você é algo que você fez para que olhassem para você, não que eu nunca faça esse tipo de coisa, mas 90% do tempo sou mais cara limpa. Sou muito sincera, quando digo muito, realmente é muito, tenho um humor peculiar, temperado com ironia, sarcasmo e humor negro, é algo que não consigo evitar mais, não que me orgulhe muito, mas como digo sempre, ele é auto-suficiente eu me divirto com ele e isso é o que importa. Não sou dada a grandes reuniões, virar à noite na balada, nem nada disso, como dizem sou meio velha e ranzinza, não pensem que é fácil tem vezes que eu mesma me censuro, auto-crítica é uma coisa que me persegue dia e noite, tenho a necessidade de ser a melhor, não para os outros, mas para eu saber que sou capaz, entende? Quero crescer profissionalmente, ter uma família e muito amor e respeito. Ah claro, pelo menos um amigo que tenha me visto no meu melhor e no meu pior momento, pois esse me conhecerá melhor que eu mesma. Obrigada por todas as pessoas que passaram na minha vida deixando sua experiência e sabedoria, cada um de vocês contribuiu para que eu fosse como eu sou hoje com meus defeitos, qualidades e memórias. E para concluir, sou só mais uma txatxismantiskiana que há entre nós.

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Jiboia, chapéu, carneiro...

Hoje me dei conta de como estou vendo e ouvindo diferente as coisas. A impressão que tenho que é troquei de olhos e ouvidos, mas talvez tenha sido algo mais profundo do que coisas físicas. Percebo que coisas que antes eram tão simples, hoje têm toda uma trama algo que tem um porque, uma explicação, que antes era irrelevante, por quê?

Coisas que posso comparar entre só a existência do azul e agora azul claro, escuro, marinho, turquesa e por aí vai, surgem infinidades de opções, ou o que antes necessitava de imenso desgaste físico e mental para realizar hoje é algo tão simples quanto respirar. Sinto-me vendo uma jiboia que comeu um elefante e não mais um chapéu. Ou talvez minha jiboia tenha sido reconhecida, se eu fui reconhecida ou reconheci eu não sei, o fato é que as coisas mudaram, elas sempre mudam, isso não é surpresa para ninguém, acontece com todos em todas as fases. Talvez esse seja o preço de se ter dezoito anos. Vai saber.

Não são de maneira alguma, ruins essas mudanças, são mudanças internas a nível de percepção a gente cresce aos poucos e entende aos poucos, consequentemente, algumas coisas, e ao mesmo tempo deixa de entender outras. Talvez daqui alguns anos eu desaprenda tudo de novo e aprenda novamente, já vi acontecer tantas vezes isso, eu não seria a primeira nem a última.

Ou talvez ainda eu prefira um carneiro à jiboia, acho que li muito pequeno príncipe.

Mas como disse um amigo meu certa vez, sei ler, fazer tricot, crochê, lavar a louça mais ou menos e ainda por cima li o pequeno príncipe, já já podem criar uma música Jéssica e não mais Amélia. Que horror, estou longe disso (risos, ou melhor, gargalhadas)!

PS: Como eu detesto posts com toque pessoal...

Pátria amada Brasil

Olha não sei descrever o sentimento que tenho na copa. Deve ser algo semelhante a desprezo, é deve ser. Vejo inúmeras camisetas amarelas, bandeiras aos montes, o hino, veja só, o hino sem cantado, e pessoas agindo como se amassem o chão em que pisam. Agora essas pessoas que tem essas atitudes TÃO patriotas elas só lembram que são brasileiras em dia de jogo, engraçado, não? Como me disseram recentemente, “pátria de chuteiras”, nada mais existe além do futebol, o Brasil se resume a isso. Para que se preocupar com a cultura nacional, a música, os ritos e tudo mais que está cada dia mais desvalorizado? Vamos valorizar o futebol, aquele jogo onde onze pessoas que muitas vezes nem se quer jogam no Brasil vão fazer justa a nossa grande fama de melhores do mundo. Muito bom, melhores no que mesmo? Ah, em correr atrás de bola e deixar todo mundo mais ocupado que fazer algo que realmente acrescente, aí está o novo circo. Não sou contra o futebol ou reuniões tontas como essa, mas sou contra essa pseudo-pátria que é criada nesse período, afinal essas pessoas agem como se só fossem brasileiros uma vez a cada quatro anos. O país para para ver esse espetáculo de hormônios, até aquela tia que nunca viu futebol vai dizer que torce pelo Brasil e chamar o juiz de ladrão, porque é de lei chamar o juiz de ladrão, mesmo que você não saiba as regras. Eu já fui mais do que apaixonada por futebol, matava e morria por isso, hoje vejo que não faz muito sentido, mas não critico, agora o que falta é bom senso nessa época, as pessoas param de viver para marcar em suas tabelinhas os resultados de jogos. É salve o pão e circo.

Lágrimas Invisíveis

As pessoas não enxergavam

Mas eu chorava

Não por quem ia, mas por quem ficava

Meu rosto não estava molhado

Mas minha alma encharcada

Saber, ou imaginar o que aquilo significava para as lágrimas visíveis

Isso sim era triste, isso sim fez-me verter lágrimas invisíveis.


08-06-2010

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Voltando... e já criticando

Depois de um bom tempo sem postar estou eu aqui novamente.

Não inventarei desculpas dizendo que estava sem tempo, preocupada com outras coisas, bla bla bla. De certa forma eu até estava, mas não foi por isso que não postei nada, foi por nenhum motivo que eu saiba identificar.

Nesse meio tempo aconteceram muitas coisas, escândalos políticos (só para variar), terremotos, incêndios... Fatos que sem dúvidas deveriam ter sido comentados aqui no blog, mas sabe como é, sou uma adolescente irresponsável. 

Hoje vou aproveitar a idéia de um amigo meu que também tem um blog e falarei de um assunto não tão nobre, mas que merece ser comentado também. O mal uso da internet.


Agora que acabou a introdução, vou começar. Todos sabem que a internet é aplaudida de pé por todos que sabem o que ela é, mesmo que não saibam muito bem, desde que se tenha uma vaga idéia disso 98% das pessoas são super à favor da internet, muitas vezes dizendo que serve para que as pessoas sejam crianças, jovens, adultos ou idosos tem acesso direto e variado a informações que dificilmente teriam antes, mesmo que isso não seja aplicado pelos seus defensores.

Hoje temos um quadro de um excesso de informação, que muitas vezes é inútil. Não sei dizer até que ponto esse excesso de informação pode ser benéfico a criação de personalidade de uma criança, que muitas vezes pode ser confundida por ter várias versões de uma única coisa. Porque mesmo que os pais dela queiram barrar isso dificilmente conseguirão ter um método 100% eficaz, acreditem em mim! Reclamamos que nossas crianças não saem de casa, não tem convívio social e se erotizam precocemente, e de tem é a culpa? Não podemos culpar inteiramente a internet por isso, mas posso dizer que boa parcela de culpa é dela, ou seria dos pais que deixam os filhos terem acesso? Mas vamos privar as crianças das inúmeras informações e divertimentos que podem encontrar na internet? Quantos dilemas... Mas que ela é um risco isso é um fato, vejam as salas de bate-papo. Digo por experiência própria, quando comecei a usar a internet poucas pessoas tinham msn e eu deveria ter meus 12 anos, o que me restava? Joguinhos viciantes e os bate-papos igualmente viciantes, eu lia cada absurdo que só eu sei, não sei como não fui raptada por um pedófilo qualquer que são bem inocentes a uma primeira olhada e não adiantava a repreensão de meus pais ou eles tentarem bloquear isso no computador, eu sempre dava um jeito, se eu fiz isso o que impede de crianças de hoje em dia que são mais espertinhas do que eu eram fazerem? Claro que existem os nerds precoces que com 6 anos de idade já estão aptos a trabalharem para a Microsoft e não perderão tempo com os bate-papos da uol nem com os joguinhos tipo pac-man, nem sei se existem sites com pac-man ainda.

Mas a fase mais crítica não é a infância, mas a adolescência, o que também não é novidade para ninguém, porque é aí que nascem os mister e as misses orkut, putz aí é foda. Esses seres tendem a tirarem fotos semi nus e fazerem gestos que não sabem o que significam, apenas viram alguém fazendo e acharam legal. Adoram postar fotos das matines que foram no domingo anterior, isso é quando suas mãe deixam, junto com seus miguxos e miguxas sem contar o dialeto que usam. A partir desse momento são convidados para participar de comunidades do tipo "os mais gatos e sexys", "só para vips" e futilidades piores, tudo para arrecadarem votos de um bando de fakes e serem os mais tops da comunidade e terem sua face estampada na 'capa' da comunidade, diga se não é uma honra? A próxima etapa e divulgar seus dotes físicos mesmo que estejam ainda em fase de amadurecimento, para que seja apreciado por tiozões e tiazonas, transformando-se em deuses e deusas mirins do sexo. UI. Não podemos esquecer das frases feitas,depoimentos iguais, disputas de topo e outras babaquices mais. Agora recebemos mais ferramentas para isso, o Twitter e o Formspring,num as pessoas falam de suas respectivas vidas e no outro as pessoas fazem perguntas boçais na maioria das vezes e o cidadão se dá ao trabalho de responder. E depois disso tudo ainda manda todo mundo cuidar da sua própria vida, o céus, gente contraditória Primeiro expõe-se por inteiro dando nome, sobrenome, endereço, tipo sanguino, cor da calcinha e o que mais perguntarem e depois reclama que as pessoas são intrometidas e sem o que fazer.

Responda-me então, pra que se expor se não se não ser julgado, criticado, elogiado ou sei lá mais o que? Que diabos. 

O pior que isso não se aplica somente a adolescentes da idade não, mas todos aqueles que ainda não saíram dessa fase. Sem contar fotologs, floguxos, flogbrasil, BLOGS e outros apetrechos mais.

E as informações necessárias, os jornais e blogs informativos onde estão nessa história? Poucas são as pessoas que os usam, por motivos óbvios, não serem incentivadas à isso e estarem postando frases novas no Twitter.

Mas porque essas pessoas passam tanto tempo com essas futilidades? Por falta do que fazer? Não! Por falta de atenção, elas precisam ser notadas de uma maneira ou de outra, carência pura. Nós estamos em um modelo de família que não tem mais aquela coisa da mãe dar atenção integral ao filho, pois ela precisa trabalhar fora e dentro de casa para a limpeza e pra ter dinheiro. O pai também não dá mais tanta atenção ao filho. O carinho tem sido o financiamento da criação do filho, não mais tempo, mas pagar a escola, comida, casa... Não condeno isso, acho totalmente compreensível e não vejo uma maneira diferente que seja fácil e satisfatória, mesmo que difícil e satisfatória, o momento em que vivemos exige essa distancia da casa e aproximamento do trabalho/estudo/profissão. Mas a maioria das crianças não entende essa nova maneira de afeto e acaba tendo que chamar atenção de outra maneira, seja na internet ou com comportamento ruim na escola, igreja, sociedade em geral. Talvez se dessemos mais atenção as crianças tivéssemos menos mister e misses orkut. Alguém encontra outros motivos?


quinta-feira, 25 de junho de 2009

Monstro do armário

Hoje recebi uma notícia chocante, eu já sabia que esse tipo de coisa acontecia, mas quando você começa a se aproximar dessas situações a coisa muda de figura, começa a te assustar ainda mais.

Vemos o jornal na hora da janta com toda a família, quem tem, ou sozinho, quem não tem. Fazemos sempre mil coisas ao mesmo tempo não tendo a atenção que se deve ter ao ver esse tipo de noticiário. Não que tenhamos ótimos noticiários, incorrompíveis e imparciais, mas é o que temos, se é o que temos devemos ao menos ouvi-los.

Confesso que me tornei uma idealista sentimental de uns tempos pra cá. É ridículo, eu tenho consciência disso, mas o que vou dizer realmente aconteceu. Assisti um desfile de fanfarras, aquelas bandas gigantescas com todos os integrantes uniformizados e marchando, em plena ordem. Aquilo começou a me gerar de início uma ojeriza tremenda, aquele ideal militar calculado tão impassível de falhas... Mas para falar bem da verdade, o que mais me entristeceu foram as pessoas falando com brilho nos olhos “isso me lembra a ditadura”. Aquilo me trouxe um sentimento de tristeza imenso, eu avisei que virei sentimental, uma tristeza que senti poucas vezes, e não imaginava sentir em uma situação como essa. 

Como alguém pode querer algo tão temível como foi a ditadura militar? Como alguém pode querer ter seu direito de falar, andar, ir, vir, pensar, censurado? Tudo em nome de uma pseudo-ordem que não existe na realidade, o que existe é o medo. De que adianta ter tudo regrado e “funcionando como deve ser” quando o direito de ser você mesmo é extirpado? Pessoas inúmeras morreram, tantas outras sofrem com seqüelas anos a fio por isso, tudo isso por uma liberdade condicional? Que liberdade é essa?

Bom, deu pra captar mais ou menos o que senti nesse momento, não vou me estender muito nesse episódio por trago um chocante agora.

Meus queridos, chegou a meu conhecimento essa terça-feira uma história simplesmente nojenta, me causa asco total. Aconteceu em uma escola, e olha que não foi escola de periferia como muita gente pode pensar. É escola de 1ª a 4ª série, vale ressaltar isso também. Nessa escola já aconteceram inúmeros casos com crianças violentadas sexualmente, não exatamente na escola, mas com os alunos da mesma, no entanto esse me deixou mais horrorizada que todas às vezes...

O menino faltou duas semanas seguidas na escola, ato que não se pode considerar normal, de acordo? Chamam a mãe da criança de apenas 8 anos de idade para saber o motivo da ausência. A mãe disse a professora o que havia acontecido. A criança aos seus 6 anos de idade foi violentada pelo padrasto, que diga-se de passagem ainda está com a mãe, e antes de começarem as faltas, o menino recebeu a visita de seu “singelo” cunhadinho. Que segundo a mãe é um negão bem forte, e por isso não podia ir à escola. O cunhadinho com todo carinho estourou o menino, a criança foi levada ao médico, ele disse isso, e como ele não conseguia nem andar não podia ir à escola. 

É ou não é pra ficar revoltada? A minha vontade era bater nessa mãe até estourar os miolos dela, e capar os dois desgraçados que fizeram isso. Isso é monstruoso, desumano, acabou com a vida do menino. E agora quem ele vai ser? Certamente deve ser abusado com freqüência já que a mãe é conivente com o padrasto, agora pra ajudar tem um cunhadinho muito delicado que cuida bem dele, gente estou falando de uma criança de 8 anos!

Não há outra definição a não ser monstruosidade para um ato dessa natureza. E antes esse fosse um caso isolado, existem “n” casos de violência sexual não só nessa escola, mas em diversas delas em todo estado em todo país, o mundo é um violentador de primeira. 

Essas crianças que sofrem esse tipo de violência levam marcas por toda uma vida, psicologicamente e fisicamente, mais tarde elas terão grandes problemas com personalidade, afetividade e sexo, claro que terão não é preciso ser nenhum gênio para saber disso. 

E agora, levam a criança pra um abrigo que vai acontecer a mesma coisa, certamente, o que vai mudar vai ser o violentador, que agora serão os colegas de quarto que foram violentados quando pequenos e assim vai indo, é algo muito triste e doído de se admitir , mas como eu quase sempre digo nos textos, é a realidade, e a realidade só se muda com atitude e conscientização. E não há conscientização enquanto as pessoas passarem a mão na cabeça, seja qual for, desses monstros que se escondem nos armários das crianças que não tem culpa nenhuma de terem nascido passíveis de violência.

terça-feira, 2 de junho de 2009

O futuro da nação

Filhos, prole, o futuro da nação. Crescemos ouvindo, na maioria das vezes, toda aquela história de “crescei e multiplicai”, começamos a criar e gostar da idéia de ter alguém no mundo que tenha o seu nariz, os olhos do seu parceiro, até mesmo o cabelo da sua avó. Mulheres crescem com sonhos maternais, vêem ser mãe como o ápice da vida, a amamentação a doação total, fotos presentes chás de bebe, e tudo que uma grávida tem direito. Mas do outro lado do asfalto as coisas são um pouco diferentes, lá a informação não chega assim tão fácil, lá não se tem sonhos e sim presságios assim como as mulheres de Atenas de Chico. Lá trabalha-se muito, criam-se muito filhos e sonhos maternais não cabem mais. Eis que uma menina de seus doze ou treze anos se vê realizando o sonho da mulher pra quem a mãe dela trabalha. Essa menina não é nem adulta, uma criança gerando outra criança, não tem estudo, o pai da criança, ah esse está mais ocupado engravidando outra menor, o que fazer?
É não é justo, quem quer engravidar como a mulher para quem a mãe da menina trabalha não engravida, e quem não tem como criar uma criança não precisa nem se esforçar.
A mulher então resolve começar um tratamento de fertilidade, gasta milhões, mas ela tem um bom marido, casamento feliz, quer realizar seu sonho. A menina se vê sem escolha e abandona a criança.
Bom, agora que dei uma introduzida no assunto com uma “historinha”, vamos ao que interessa.
Nosso planeta está repleto de pessoas, teremos mais gente do que espaço daqui um pouco. Vivemos em uma época de colapso ambiental, água acabando, o clima ficando cada vez mais instável e imprevisível. Crianças vivendo na marginalidade por não terem quem as crie de verdade, fora aquele que lhes oferece ajuda, o primeiro que aparecer, que muitas vezes coloca-as em caminhos que vão contra a lei, como as drogas por exemplo. Essas mesmas crianças viram adultos, que não tem educação, berço, ou qualquer outro substantivo preciso para um adulto saudável fisicamente, psicologicamente e socialmente. Esses adultos viram marginais, que podem acabar fazendo o que fizeram com eles, e fica nesse ciclo vicioso, e isso não é fácil de acabar não, e não é do dia para a noite.
Por outro lado, temos mulheres que tem problemas de infertilidade, mas sonham ter filhos, elas foram criadas para isso. As mulheres em sua maioria tem uma criação típica de servir, aos poucos isso vai mudando, mas é lento, e ainda são vistas as que não tem filhos ou não são casadas como fracassadas. Há ainda quem diga que a “obrigação” do ser humano é dar continuidade da espécie... no entanto essa espécie vem se destruindo e destruindo as outras também. Mas voltando ao assunto das mulheres, elas criam esse desejo de ser a rainha do lar, de ter algum pequeno que chore e precise dela, isso é bonito, romântico e egoísta. Quando se quer ter um filho, pensa-se primeiro no prazer de ser mãe depois no que essa criança pode virar, infelizmente é assim na maioria dos casos.
Será que não seria mais proveitoso essa mulher que gasta milhões com tratamentos gastar isso com uma criança que já existe e precisa dela de verdade? O prazer egoísta de ter uma barriga vai além da preocupação com o coletivo?
Está bem, estou sendo radical, então vamos encontrar um meio termo, certo? Vamos satisfazer o prazer e a necessidade social, será útil e agradável, pense. Para o social, adota-se uma criança, sim, precisamos ajudá-las, não estamos sós elas fazem parte de onde vivemos, tenhamos compaixão! E para satisfazer-se e sentir aquela coisa de fiz a minha parte para a continuação da espécie, tenha um filho gerado em seu ventre. Já que tem condições de gastar tanto para ter filhos, tenha-os, mas com consciência social, isso sim é bonito, isso sim é doação.
E aos que temem a herança genética, aviso-os, isso pouco influência na vida da criança, o que vai influenciar mesmo é a criação que será dada, o amor, a dedicação e preceitos que serão passados a esse ser que tanto precisa dos outros. Pense como a sociedade seria mais justa e menos violenta se cada um ajuda-se dando um pouco de afeto mesmo que não adotando se não fosse possível para essas crianças que precisam de todos nós.
É tocante ouvir a história deles, de como foram parar nessas situações complicadas, os abusos, os maus tratos, ou o simples fato de não ter família para recorrer, pensar no outro é difícil, mas necessário.
Estou fazendo um discurso politicamente correto, mas é o correto mesmo, oras! Sejamos menos egoístas, “gentileza, gera gentileza”.