domingo, 14 de setembro de 2008

Atingindo a paz sem ser atingido

Afinal devemos viver ou morrer por uma causa? Devemos viver ou morrer pela paz? Vivemos com um ideal de paz em nossas mentes, ideal esse, que criamos dês dos primeiros contatos que temos com as pessoas.
Crescemos ouvindo que deveríamos viver em paz, ouvindo isso da nossa família, amigos, igreja, escola... Mas quando ligamos nossa televisão o que temos é um manual de como não ser pacifico, há casos que falta pedirem para colocarmos um pano na frente da televisão,pois há risco do sangue sair pelo filme. Como podemos esperar que haja paz quando presenciamos conflitos violentos desde a infância? Quando um menino ganha espadas e armas de brinquedo, como esperar que uma geração que aprendeu a brincar de guerra seja pacifica?
Criamos guerras não só entre povos e nações, mas dentro de nossas casas, dentro das próprias famílias. A paz não é algo que se basta para ter entre países, mas ela deve começar dentro das próprias casas.
O ser humano aprende a dar valor para a paz, que tinha, quando a guerra aproxima-se dele. Enquanto isso, estavam jantando em suas casas, vendo jornal que passa nesse horário, vendo corpos trucidados e cidades inteiras em ruínas, e dirão “Oh, meu Deus, que horror!” e continuarão com sua refeição, uns mais sensíveis, no máximo perderam o apetite. E as crianças da guerra que já perderam o apetite, faz tempo, estarão perdendo suas almas, pois seus corpos já não as pertencem.
O impacto que ataques choca em nós depende muito de quem é a vítima, é mais fácil comovermos com um ataque ocorrido nos EUA do que com a guerra que é diária em favelas do Rio de Janeiro, os favelados cariocas não falam inglês e nem são celebridade.
A paz é utópica, é um ideal que buscamos incessantemente desde quando aprendemos o que é violência. Vivemos em um mundo divergente em opiniões, culturas, crenças, religiões, economias, interesses, poderes... Sempre haverá alguém discordando, a paz é atingida quando todos se conformam, quando todos pensam, agem e sentem igual. E isso dificilmente acontecerá.

1 comentários:

Vinicius Santucci Rossini disse...

Conflitos sempre existirão... a guerra é um meio de conflito , não acho que ela seja incentivada pela TV ou armas de brinquedos , e sim por ausencias de outras forças para lutar contra...